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Virtude do mês de novembro: GENEROSIDADE

Material de apoio e estudo - Educação Infantil

09
Set
2021

 

Educação da Generosidade

Virtude do mês de novembro

 

     A Generosidade é a virtude daquele que se dispõe a sacrificar seus próprios interesses em benefício dos outros. Quem atua com generosidade age em favor das outras pessoas desinteressadamente e com alegria, ainda que lhe custe. Portanto podemos dizer que a generosidade é uma força de caráter ou  tendência dominante de um indivíduo em colaborar ativamente pelo bem do próximo.

    A generosidade pode ser entendida como uma grande bondade: “Ele expressa sua generosidade ajudando crianças” , também pode ter o sentido de abundância e fartura: “o chef serviu com generosidade o molho”, ou ainda como prodigalidade: “Ela cantava com generosidade na voz”. Em todos os sentidos vemos a grandiosidade desta palavra. Poderíamos aproximá-la de magnanimidade, pois os atos generosos sempre conduzem ao bom e ao belo de forma intensa e grande. 

     A partir dessas considerações sobre essa grande virtude, podemos pensar que a generosidade é o oposto da ganância e do egoísmo, de querer ter sempre mais e de achar que só vocẽ é suficientemente bom. Sendo ela uma virtude humana, deve ajudar a elevar o nosso ser mostrando-nos o nosso valor como pessoa e a importância que temos em colocar esses dons a serviço dos outros. A generosidade também é o oposto do pusilânime, que tem uma alma pequena, que se contenta com o pouco e que não almeja nada mais. São Tomás de Aquino dizia que o pusilânime se recusa a aspirar o que é proporcional às suas realidades. Para ser generoso, primeiramente precisamos nos conhecer e saber o nosso grande valor, conhecer a nossa realidade. Depois, precisamos conhecer o valor e as necessidades do outro, reconhecer a humanidade do outro, suas qualidades e limitações e ainda assim considerá-lo digno e merecedor do nosso carinho. 

     Como vimos, a generosidade não está só em dar coisas materiais, mas em doar-se por inteiro para o bem do próximo e consequentemente de nós mesmos e de toda a sociedade. 

     As crianças pequenas ainda não conseguem compreender o seu valor pessoal e nem mesmo as necessidades do outro e muito menos são capazes de se doar muito. Elas aprendem observando, verificando o quanto dedicamos o nosso tempo a elas, à família, ao trabalho e a muitas outras coisas que favorecem os outros. Para motivar um filho a ser generoso é muito importante que nós estejamos vivenciando essa realidade .

     Para os pequenos a generosidade está condicionada a uma relação afetiva e um dar interessado, Se queremos ajudá-los a ser generosos, valorizar as suas boas atitudes, parabenizar, agradecer e elogiar seus esforços é uma grande motivação. A criança precisa perceber uma contrapartida positiva e favorável para querer ser generosa, dizia David Isaacs. Incentivar a doar e dividir suas coisas precisa estar condicionada a um certo ganho, pois uma criança pequena não consegue dar todos os seus bombons por exemplo sem que sobre um só para ela mesma. É preciso ajudá-las aos poucos, sempre refletindo sobre as atitudes e deixando que a vontade de servir venha acompanhada da reflexão sobre as suas qualidades e as necessidades do outro. Não se trata dar qualquer coisa a qualquer pessoa e em qualquer momento, é preciso ter consciência desse ato e das consequências dele.

     A generosidade ainda não é satisfazer os caprichos dos demais, anulando-se como pessoa e deixando a desejar seus compromissos familiares ou profissionais. É preciso apoiar-se na prudência e na fortaleza para saber avaliar os nossos atos e discernir sobre as coisas que realmente importam e ajudam de verdade.

     

Vamos então fazer uma reflexão sobre nossos atos e verificar se estamos vivendo essa virtude e como podemos melhorar?

 

  1. Reconheço os meus próprios talentos e qualidades? Reconheço quanto vale meu tempo, meu esforço, meus conhecimentos? Consigo perceber que tenho coisas boas para ajudar aos outros ( minha cultura, minha profissão, meu dinheiro, minha fé)?

  2. Me esforço para reconhecer as necessidades dos demais? Realizo ações buscando o autêntico bem dos demais com bastante frequência?

  3. Realizo as seguintes ações com bastante frequência: emprestar coisas próprias, dar algo meu, estar disponível, escutar os demais, exigir dos demais razoavelmente?

  4. Permito aos demais realizar ações em meu favor? Perdôo?

  5. Faço esforços para superar o cansaço, a doença, a preguiça com o fim de atender aos demais? 

  6. Me esforço em atender às pessoas que mais necessitam de minha atenção?

 

E agora vamos refletir sobre como podemos preparar os nossos filhos para viver essa virtude:

 

  1. Ajudo os meninos/meninas a concretizar suas preocupações para ajudar aos demais? (Por exemplo, visitando um amigo doente, perdoando um irmão, colaborando nas tarefas em casa ou em classe). 

  2. Busco e ofereço oportunidades para que os alunos/filhos possam decidir livremente se estão dispostos a realizar ações em favor dos demais? 

(Não se trata de obrigar-lhes a realizar em favor dos demais. Isto não lhes ajuda a ser generosos. Em troca se trata de convidar. Por exemplo: você já pensou que seu amigo gostaria que vocẽ o ajudasse a subir no escorregador ou se balançar?). 

  1. Ajudo-lhes a descobrir as necessidades reais dos outros? 

(Isto requer ajudar a pensar. Por exemplo perguntas tais como: Percebeu que mamãe está muito cansada? Que poderia fazer para ajudar-lhe?). 

  1. Ajudo-lhes a distinguir entre o que são caprichos dos demais e o que são necessidades reais?

(Quando os demais pedem coisas, convém pensar se realmente devo dá-las ou não. É um capricho? Ou é uma necessidade? Outra vez se trata de raciocinar com as crianças). 

  1. Ajudo-lhes a reconhecer o valor de suas próprias posses, de seu tempo etc?

(É frequente que os filhos/alunos não se dêem conta do que possuem. Necessitam de ajuda para descobrir as possibilidades reais que dispõem para atuar em favor do próximo. 

  1. Busco maneiras de conseguir que os alunos/filhos superem a comodidade, a preguiça e a inércia com o fim de centrar sua atenção nos demais?

(Em grande parte isto depende do exemplo entusiasta do educador/pai). 

  1. Falo com os meninos/meninas para que aprendam a relacionar a generosidade com o amor e especialmente com o amor a Deus?

(Devemos falar destes temas com naturalidade, na família ou no colégio. E mais a medida que os meninos/meninas vão crescendo).            

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