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Alunos da Unidade Bosque apresentam projeto feito em parceria com a PUC
Objetivo é conscientizar a comunidade sobre o descarte correto de medicamentos para não poluir o rio
03Jul
2018
Um grupo de alunos do 9º ano da Unidade Bosque que participou de todas as etapas realizadas desde o início de maio do Projeto de Educação Ambiental para o correto descarte de medicamentos desenvolvido em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Gestão Urbana (PPGTU) da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC) apresentou seu trabalho final na segunda-feira, dia 25 de junho. Para a banca, formada pela engenheira ambiental e mestranda do Nicole Santos Accioly Rodrigues da Costa, coordenadora do projeto, pelo professor Harry Alberto Bollmann, orientador, e pelo diretor da Unidade Bosque, Paulo Henrique Neiva de Lima Júnior, eles mostraram o resumo de todo o trabalho, os medicamentos vencidos coletados e o resultado da ação de conscientização feita com os moradores da região. “Ficamos contentes porque muitas pessoas nos receberam bem e ouviram atentamente sobre a importância do descarte correto de medicamentos”, disse Arthur Pagani, um dos alunos que participaram do projeto.
O grupo, dividido em duas equipes, utilizou recursos multimídia para apresentar todas as etapas realizadas com a orientação de Nicole, desde as aulas teóricas, os jogos, a coleta e análise de material do Rio Belém – que atravessa o pátio da Unidade – até a conscientização dos moradores. “Nossas pesquisas mostraram que o trabalho dos alunos é fundamental para mobilizar as pessoas”, conta o professor Harry, que estuda desde 2015 a questão das consequências geradas para os rios com o descarte incorreto dos fármacos. “Há dados preocupantes. No Rio Belém, por exemplo, a concentração dos princípios ativos da pílula anticoncepcional está em 280 mil vezes maior que o permitidos”, alerta o professor.
Esse trabalho faz parte de um projeto de cooperação internacional, denominado Water Environment Monitoring Science Initiative (WEMSI), que conta com a parceria da PUC PR, da Glasgow Caledonian University, da Escócia, e da Universidade Federal do ABC, em São Paulo.
Desde o início do projeto, os alunos tiveram aulas teóricas com Nicole e participaram de diversas atividades práticas de monitoramento do Rio. Utilizaram o kit de monitoramento participativo da qualidade das águas de rios, analisaram os resultados, fizeram a coleta da água nas margens do rio e ainda realizaram análises físico-químicas no laboratório móvel da PUC, que foi até o colégio.
Confira o nome dos alunos do 9º ano que participaram do projeto (a participação era voluntária):
- Giovane Beck Suss
- Rafael do Amaral Dembiski Bueno
- Arthur Magno de Souza Pagani
- Guilherme Henrique Pick Costa
- André Santarosa Santos de Lima
- Rurik Ciupka
- Gabriel Felipe Mannes
Sobre o descarte de medicamentos - O Paraná e sua capital possuem legislação própria relacionada à logística reversa de medicamentos. A lei estadual é de número 17.211, de 03 de julho de 2012, que está regulamentada pelo decreto n. 9213, de 23 de outubro de 2013. Já a municipal é a de número 13.978, de 30 de abril de 2012.
Apesar dessas leis já estarem em vigor, a maior parte da população ainda não entende a responsabilidade compartilhada, assim como muitas farmácias de Curitiba ainda não recebem os medicamentos. Dessa maneira, com a conscientização da população - que nesse caso, são os alunos – a intenção dos pesquisadores é disseminar a ideia, atuando, consequentemente no aumento da demanda dos resíduos coletados nas farmácias que já possuem o sistema, incentivando as farmácias que não possuem os totens de coleta dos medicamentos em desuso a entrarem no programa de logística reversa municipal.
Com 17 km de extensão, o Rio Belém possui nascente e foz localizadas dentro do município de Curitiba e é um dos mais importantes da cidade.
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